Hoje, sabe-se que, assim como o
homem, os animais sentem dor, sendo esse um assunto que ainda gera muita polémica.
Refere-se a capacidade de resistência do animal comparada com o ser
humano e efectivamente vemos a recuperação por vezes aparentando aos
donos dos animais, ser milagrosa, de um animal que submetido a intervenção
cirúrgica, em poucos dias, ou mesmo no dia a seguir à
intervenção se encontra pronto para ir para casa. Isso não
significa no entanto que o animal tenha de sentir dor.
O período pós-operatório, cancro e fracturas são alguns dos exemplos
que podem ser citados de situações que causam a dor nos animais. A
dor causa uma série de eventos negativos tais quais libertação
de substâncias que causam problemas cardíacos e emagrecimento, pois o
animal deixa de comer e sofre desidratação pela diminuição
na ingestão de água. No caso de cirurgias, ocorre atraso na cicatrização,
o sistema imunitário fica enfraquecido ficando o animal fica mais susceptível
à doenças.
Muitos acreditam que a dor é uma conseqüência inevitável do
procedimento cirúrgico ou da doença, o que não é verdade. Alguns acham
que se o animal sentir dor, irá ficar quieto e não irá prejudicar a
recuperação por exemplo de uma cirurgia ortopédica, no entanto, e os donos colaborarem em termos de restringir o espaço do
animal e controlar a sua actividade de forma correcta a situação
terá um desenrolar normal. E o animal terá uma qualidade que não teria caso não existisse controlo de dor. Pacientes com cancro , por
exemplo, sofrem muito de dores intensas sendo necessário o estudo e adequação
de protocolos de medicação para cada paciente, sendo o objectivo do
tratamento da dor no paciente com cancro grave não somente o de
prolongar a
vida em em termos temporais mas sim de permitir que tenha o máximo de
qualidade de vida.
Como tal um dos compromissos do médico-veterinário é o do
controlo da dor.
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