Os problemas de visão
dos animais em geral exacerbam-se com a idade ?
O surgimento de
cataratas e outras situações é acompanhado em Oftalmologia.
Problemas causados por cortes provocados por objectos cortantes,
dentadas e unhadas são uma constante na Oftalmologia veterinária.
A cirurgia correctiva das pálpebras em algumas raças mais
propensas a estes problemas é efectuada de forma rotineira. A evolução
das ciências veterinárias tem ajudado muito a saúde dos
nossos amigos animais. A maior parte dos problemas decorrentes da
idade podem ser detectados a tempo através de acompanhamento
regular dos animais no seu médico veterinário assistente.
- Actualmente, a
Oftalmologia constitui um importante ramo da Medicina Veterinária,
sendo comum e frequente, a ocorrência de afecções oculares
nas espécies domésticas.
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Iremos referir Glaucomas e Cataratas
- Glaucoma
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- O glaucoma é
caracterizado por um aumento na pressão intra-ocular,
decorrente de má formação ou obstrução do ângulo de
drenagem; bloqueio pupilar e luxação ou sub-luxação
do cristalino. Estes factores acarretam a não eliminação do
humor aquoso (substância que preenche as câmaras oculares) e
consequente aumento da pressão intra-ocular.
Pode, ainda,
dividir-se em congénito, primário e secundário.
A doença
manifesta-se por sinais clínicos como edema de córnea, congestão
de vasos oculares, midríase (dilatação da pupila), aumento da
PIO e do globo ocular e dor .
- A terapia visa
diminuir a produção do humor aquoso ou aumentar sua drenagem,
podendo ser clínica ou cirúrgica, não obstante a segunda opção
não apresentar bons resultados. O prognóstico do glaucoma em
animais é bastante reservado, sendo o tratamento raramente
curativo e nem sempre eficaz.
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Cataratas
O
que é uma catarata?
Uma
catarata é uma opacidade no cristalino. Pode ser muito pequena e não
afectar a visão ou pode envolver toda o cristalino e causar
cegueira.
A
catarata pode ser classificada de acordo com sua etiologia, localização
e estágio de maturação, bem como com a idade do paciente.
A maioria das
cataratas, em cães, possui carácter hereditário e manifestação
bilateral. Em gatos, o processo geralmente é secundário à outras
oftalmopatias, como as uveítes, por exemplo. A catarata pode ser
desencadeada por doenças como o diabetes e as uveítes, pelo
contacto com substâncias tóxicas e pela presença de tumores
intra-oculares.
Relativamente à
idade do paciente, a catarata pode ser classificada em congénita,
juvenil, adulta ou senil. A congénita está presente por ocasião
do nascimento . A juvenil ocorre em animais com menos de dois anos.
A catarata dos adultos surge em cães com dois a seis anos.. As
cataratas senis desenvolvem-se em pacientes com idade avançada e são
extremamente frequentes nos cães.
A
maioria das cataratas são herdadas.Todos os animais, incluindo
aves, répteis e peixes podem desenvolver cataratas.
O
único tratamento das cataratas é a remoção cirúrgica.
A
remoção da catarata é um procedimento cirúrgico muito delicado,
podendo haver alguma variação nos procedimentos de clincia
para clinica consoante tecnica utilizada. Um exame oftalmológico
completo é indispensável de modo a se determinar se o paciente é
um bom candidato à cirurgia. Também é importante a realização
de um electroretinograma para testar a função da retina. Há que
testar também o estado geral de saúde do paciente através da
realização de análises de sangue, para verificar a funcionalidade
dos órgãos internos, e um electrocardiograma. A administração de
medicação deve ser iniciada alguns dias antes da cirurgia.
A
técnica cirúrgica de eleição é a facoemulsificação que
consiste na utilização de vibrações por ultra-sons para
liquefazer a catarata que é então aspirada do olho através de uma
incisão mínima.
Após
a cirurgia, o paciente é enviado para casa sob observação O
sucesso da cirurgia é dependente do tratamento pós-cirúrgico.
Para
que a cirurgia da catarata seja bem sucedida, o resto do olho,
excepto a lente, tem de estar saudável. Por vezes, a lente está tão
opacificada, que não permite o exame directo da retina. O
electroretinograma (ERG) é um teste electrónico que permite testar
a função da retina. Deve ser realizado antes da cirurgia e se o
ERG é normal, a cirurgia é recomendada.
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